quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Derrame Pleural sintomas

O derrame pleural é caracterizado pela acumulação de liquido em excesso entre as pleuras e constitui uma manifestação comum de comprometimento pleural tanto primário quanto secundário.

O derrame pleural não é uma doença, mas sim a manifestação de outras doenças. Se não tratado adequadamente, esta patologia pode levar o paciente à dispneia (falta grave de ar) e até à morte.

As doenças primitivas da pleura são raras, sendo predominante a sua origem por processos patológicos extra-pleurais. A etiologia dos derrames é múltipla, sendo útil a divisão dos derrames em transudatos e exsudatos, porque no caso de se tratar de um transudato restringe-se drasticamente o numero de diagnósticos possíveis

Fisiologicamente existe equilíbrio entre a entrada e saída de líquido na cavidade pleural; de modo a manter constante a quantidade e concentração proteica do fluído pleural. Os movimentos respiratórios, pela alternância da inspiração e expiração, facilitam a reabsorção do líquido e das partículas, assim como a sua progressão nos linfáticos.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

AVC Hemorrágico - derrame

Este tipo é o mais grave e de pior prognóstico. Por sorte, responde pela minoria dos casos - cerca de 20% deles. É mais comum em jovens e pode vir acompanhado de uma forte dor de cabeça, náuseas e vômitos. Mas às vezes não dá nenhum sinal.

Sabe-se que alguns hábitos, como fumar, usar contraceptivos orais (principalmente os que têm muito estrógeno) e o abuso de álcool e drogas favorecem esse tipo de ataque.Há duas formas dessas hemorragias:

1. Sub-aracnóide - um vaso da superfície se rompe, derramando sangue no espaço entre o cérebro e o crânio. A causa mais comum é o rompimento de um aneurisma, as dilatações nas artérias que ficam cheias de sangue como um balão. Em geral o gatilho para esse estouro é a pressão alta.

2. Hemorragia intra-cerebral - o derramamento de sangue é no meio da massa cinzenta, normalmente por causa do envelhecimento dos vasos ou da hipertensão crônica. Só 10% dos AVC se enquadram aqui.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Tratamento do AVC

O Acidente Vascular Cerebral em evolução constitui uma emergência, devendo ser tratado imediatamente no hospital o mais rapidamente possível.

Uma vez definido o diagnóstico clínico de AVC, há um conjunto de passos de avaliação e tratamento do doente.

Inicialmente deve diferenciar-se entre AVC isquémico ou AVC hemorrágico, pois as abordagens são diversas.

O tratamento inclui a identificação e controlo dos factores de risco, o uso em determinados casos (e o mais precocemente possível) de terapêutica antitrombótica, tratamento que impede a coagulação do sangue, sendo comum a prescrição de medicamentos que contrariam a agregação plaquetária (Aspirina, Ticlopidina , Copidogrel, entre outros) e que evitam a coagulação sanguínea (Varfarina e Acenocumarol). Por vezes a cirurgia é empregue para retirar coágulos do interior das artérias carótidas (exp.: endarterectomia) em alguns doentes. As intervenções endovasculares (angioplastia e colocação de stents (condutos artificiais que permitem permeabilizar os vasos arteriais) têm ganho fundamental protagonismo crescente na terapêutica e na prevenção deste tipo de doença vascular.

A avaliação e o acompanhamento neurológico regular fazem parte do seguimento, assim como o controle da hipertensão arterial, da diabetes mellitus, do nível de lípidos (colesterol, triglicéridos), a cessação imediata de consumo de tabaco e a verificação do uso de medicamentos prescritos à data de alta.

Após a alta hospitalar, o tratamento continua. O médico responsável irá prontamente prescrever os medicamentos necessários, assim como indicará todas as orientações necessárias.

Sintomas do AVC

O Acidente Vascular Cerebral manifesta-se de modo diferente em cada doente, pois depende, entre outros, da área do cérebro atingida, da extensão da mesma, do tipo (Isquémico ou Hemorrágico), das doenças associadas e da idade do doente.

A característica principal é a rapidez com que surgem as alterações: de segundos a horas (de forma súbita ou rapidamente progressiva).

Os sintomas mais frequentes e comuns são:

  • Fraqueza, ou dificuldade do movimento de um membro ou de um lado do corpo;
  • Dormência de um lado do corpo (mão, braço, pé, face);
  • Alterações na linguagem e fala - não se conseguir expressar ou entender o que lhe é dito; alguns doentes apresentam fala curta e com esforço, ou frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, grande dificuldade para compreensão da linguagem;
  • Perda de visão total ou parcial (névoa, nuvem, cegueira) de um olho, ou dos olhos;
  • Visão dupla;
  • Vertigens e perda da coordenação dos movimentos;
  • Dor de cabeça súbita sem causa aparente, com intolerância à luz, seguida de vómitos,sonolência ou coma;
  • Perda de memóriaconfusão mental e dificuldade para executar tarefas habituais (de início rápido);
  • Perda do estado de consciência.

Fatores de risco para o AVC

Os Fatores de risco são todos aqueles que, herdados ou ambientais, podem facilitar o sugimento do AVC.

Os fatores de risco podem ser não modificáveis, isto é, não podemos interferir na sua presença ou evolução:

  • Idade – a probabilidade de ter AVC aumenta com a idade
  • Sexo – mais frequente no sexo masculino, e mulheres pós-menopausa
  • Etnia – mais frequente na etnia negra

Os factores de risco podem ser modificáveis, isto é, podemos controlá-los, quer evitando a sua presença ou a sua intensidade:

  • Hipertensão arterial
  • Diabetes mellitus
  • Tabagismo
  • Alcoolismo
  • Hiperlipidémia (colesterol e/ou triglicéridos elevados)
  • Doença cardíaca e vascular
  • Doenças que aceleram ou intensificam a coagulação
  • Contraceptivos hormonais (pílula)
  • Inactividade física

O que é exatamente um AVC?

 O chamado "acidente vascular cerebral" (AVC), mais conhecido popularmente como "derrame" engloba um conjunto de doenças que decorrem da dificuldade de fornecimento de sangue e seus constituintes a uma determinada área do Sistema Nervoso Central (Cérebro e Espinal Medula), originando o sofrimento ou morte dessa área e, consequentemente, a perda ou diminuição das respectivas funções cerebrais (défice neurológico).

Alguns estudos apontam para uma incidência de AVC entre 1 a 2 por 1000 habitantes por ano. As altas taxas de mortalidade têm vindo a decrescer (redução de 25,1% na década de 90) mas mantêm-se muito elevadas (mortalidade hospitalar 17 a 30%). Entre nós, a doença cérebrovascular é a 3ª 
causa de anos potenciais de vida perdidos.

Anualmente 750.000 norte-americanos sofrem de AVC e 150 000 morrem em consequência directa do episódio da referida doença.

As sequelas são muuito frequentes e um estudo efectuado pela Direcção Geral da Saúde em 1996 apurou que 13,8% dos doentes apresentavam incapacidade considerada grave, 15,0% ligeira e 59,3% estavam em bom estado, portanto independentes.

Frequentemente, a doença inicia-se de modo súbito, brusco com aparecimento de um défice neurológico, de intensidade máxima no seu início, que dura mais de 24horas.

Existem dois tipos de AVC:

AVC isquémico
quando não há passagem de sangue para determinada área cerebral, devido à obstrução de artéria que irriga todo o cérebro ou na sequência de uma redução do fluxo sanguíneo;

AVC hemorrágico
Contabiliza 20% dos acidentes e acontece quando uma artéria que irriga o cérebro rompe, extravasando o sangue que inunda as meninges ou os tecidos nervosos, livremente ou formando um hematoma, podendo originar um aumento da pressão dentro do crânio (que está limitado por uma estrutura óssea não distensível).